Museu Água

São Paulo / SP

2020

Área: 3.404,12 m²

 

NOVA ARQUITETURA

Localizado junto ao Parque Ibirapuera, o Museu das Águas oferece a oportunidade de trazer ao conhecimento público, em tempos atuais, a relevância fundamental dos recursos hídricos. Proporciona também a possibilidade de revelar ao público a notável trajetória histórica das sucessivas etapas de atividades de saneamento e de abastecimento da população paulistana e dos municípios circunvizinhos, a partir da Companhia Cantareira, da antiga Repartição de Águas e Esgotos até a atual SABESP.

 

UM MUSEU COMPONENTE DE UM GRANDE PARQUE URBANO

A ocupação do terreno destinado à implantação do Museu Água pressupõe a reorganização dos espaços onde hoje funciona o Centro de Reservação França Pinto.

Atualmente, dentro dessa área, encontra-se em operação a Estrutura de Chegada, os dois Reservatórios enterrados à rasura do chão, a Casa de Bombas (Máquinas) e a Cabine de Energia de Alta Tensão. Os demais edifícios, por não abrigarem qualquer atividade operacional, estão vazios ou sem uso definido.

Nesse acervo edificado, apenas a Casa de Bombas se encontra em processo de bem tombado. Essa condição nos conduz um projeto reparador, que preserva a integridade de funcionamento do sistema do Centro de Reservação composto pelos Reservatórios, Estrutura de Chegada, Cabine de Energia de Alta Tensão e Casa de Bombas, que por ser o único edifício de relevância arquitetônica, será restaurado e incorporado como acervo edificado do Museu Água.

Essa nova morfologia oferecerá relações espaciais e visuais que permitirão transformar o lugar em um novo espaço público, onde o Museu Água adquirirá a necessária dimensão urbana. Quando pensado como um Museu componente de um polo cultural que, dentro de um Parque Urbano, se conecta diretamente com os espaços sequenciais do Museu de Arte Contemporânea (MAC), do Instituto Biológico e do Parque Ibirapuera.

Desse modo, acreditamos que o Museu Água deva, na sua concepção, implantação e apropriação territorial, ser receptível aos fluxos, tanto da cidade, quanto dos edifícios e espaços de seu entorno.

 

UMA PRAÇA COMO ARTICULADORA DOS FLUXOS URBANOS

Sobre as lajes dos mantidos Reservatórios enterrados, uma grande praça pública – Praça do Museu – recebe, articula e conduz os visitantes ao Museu Água. Disposta em continuidade das áreas livres do MAC, estabelece também uma conexão direta com a Rua França Pinto e Avenida Pedro Álvares Cabral.

Um sistema telescópico de pisos elevados de pouca carga pontual, composto por placas pré-moldadas em concreto e grelhas metálicas eletrofundidas, formaliza o acabamento desse grande espaço de fruição e acontecimentos.

Avançando sobre a placidez de um Espelho d’água, os percursos da Praça conduzem os visitantes ao Museu Água.

 

MUSEU ÁGUA

Localizado no vazio criado na lateral da Casa de Bombas, perpendicular à Rua França Pinto, compõem-se por dois corpos longitudinais dispostos em três pavimentos. Internamente, nos espaços de uso público, um Vazio Articulador expõe ao visitante os acontecimentos do edifício. Soltas nesse vazio, uma escada de grande força compositiva interliga os pavimentos, enquanto que passarelas conectam os corpos e salas nos pavimentos Térreo e Primeiro.

Sua volumetria e espacialidade mesclam elementos opacos a elementos de grande transparência, oferecendo percursos internos que se abrem para as vistas do Espelho d’água, da Praça do Museu, dos jardins do entorno e da Casa de Bombas.

Pela diversidade de planos, percursos e perspectivas visuais, o Museu Água, como que transportando a dinâmica da cidade para seu interior, procura estabelecer com a Praça do Museu uma relação espacial direta, continua e consequente.

As áreas de administração, serviços, apoio, manutenção e reservas técnicas se distribuem nos três pavimentos do corpo operacional. Contando com acessos e circulações independentes, suas localizações garantem o perfeito funcionamento das infraestruturas do Museu.

 

Concurso Nacional – 2° lugar.